quinta-feira, 3 de março de 2011

6º ENCONTRO- 26.02.2011

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Ao chegarmos ao Centro Ciêntifico e Cultural de Macau em Lisboa, deparámos com um acolhedor e significativo jardim com o símbolo "Mandala", palavra sânscrita que significa círculo e representa a dinâmica relação entre o homem, o cosmos, o divino. Por debaixo, nos dois lagos, vivem peixes vermelhos-dourados cuja criação é originária da China. Todo o jardim é ladeado por espécies arboreas provindas do Oriente.

Depois de aspirarmos o ar e a ambiência orientais, iniciámos a nossa visita guiada, preparando-nos para a grande viagem até Macau.

Foi com gosto e expectativa e a convite da Guia que embarcámos na Nau exposta na vitrine da direita e, olhando para os mapas de então, "navegamos" ao som das suas palavras avistando mais à frente umas ilhas na foz do rio das pérolas cuja existência tem mais de 6000 anos a quem os nossos antepassados no séc. XVI chamaram de MACAO.

Uma outra Nau nos esperava. Sentámo-nos e de dentro dessa Nau, vimos e ouvimos, vários diálogos de portugueses narrarando-nos o que ocorreu naquela época.

No final desembarcámos e um grande oratório estava à nossa frente. A seu lado vários deuses e deusas dessas terras longínquas cujos significados ficámos a conhecer e nos fizeram compreender melhor os povos do Oriente.

Olhando um pouco mais além, vimos o primeiro dicionário de português, mandarim, canconês, feito por um português. Esta é a prova do intercâmbio cultural, desejável e praticado desde essa época até aos dias de hoje, sendo disso exemplo a existência deste Centro de Investigação e Museu, numa coexistência harmoniosa de divulgação multicultural.

Um pouco mais à direita vimos as primeiras espingardas e pólvora que os portugueses levaram e que tanta importância tiveram no desenrolar das relações entre os povos da China e Japão.

A mistura de culturas chinesa, indiana, japonesa e portuguesa foi-se desenvolvendo através dos séculos XVII, XVIII e atinge o seu auge no início do século XIX.

Se até aí somente as casas reinantes europeias possuiam baixelas e outras peças ornamentais em porcelana chinesa, dos períodos azul, verde e rosa, onde faziam pintar os seus brazões, foi no séc. XIX que também as casas senhoriais começaram a adquiri-las e a exibi-las nos seus salões.

estavamos um pouco cansados depois de duas horas de visita, mas os maravilhosos leques que vimos refrescaram-nos e foi com ânimo renovado que nos deliciámos vendo os lindos brincos de marfim através da excelente ideia da lupa, as peças em tartaruga, de rara beleza, e lindissimas peças em prata. O quadro do Menino Imperador foi o toque de "a cereja em cima do bolo".

A Dra. Ana Cristina Alves, a quem agradecemos particularmente, transmitiu-nos com entusiasmo, vivacidade e a histoicidade de 2 horas e meia, toda a vivência do mundo oriental e apercebemo-nos que a sua cultura é muito para além da que nos transmitiu.

No final, como não temos dinheiro que pague a excelente visita proporcionada, aproveitamos as moedas chinesas expostas da época ac e dc para as deixar onde estão e pedimos que aceitem esta nossa forma de pagamento. BEM HAJAM

Ma.Eugénia

3 comentários:

  1. Vocês são espectaculares, não há outra forma de dizer isto.

    São um exemplo excelente de motivação; já vos disse isto e volto a repetir-me: sempre que vejo malta da minha idade com "pancadas" e deprimidos, lembro-me de vocês com a vossa energia e vitalidade.

    Tenho muita pena em não poder comparecer nos encontros, mas ando com horários complicados, de qualquer das formas um dia vamos beber café.

    Abraço do vosso Ângelo.

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  2. Olá Angelo!
    Será sempre bem vindo aos nossos passeios ou só para um cafézinho. Já tenho saudades. Vamos a combinar isso.
    Beijinho
    Maria de Jesus

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  3. Quando penso na força,
    consubstanciada num corpo
    e caracterizando uma alma…

    Quando pretendo falar de vontade,
    E de disponibilidade…

    Quando me pergunto o que é
    não dar tréguas à luta,
    não parar no tempo,
    procurando incessantemente mais saber…

    Quando me interrogo
    sobre os caminhos da amizade.
    De como fomentá-la e conservá-la…

    Lembro-me de ti!
    De tudo o que fazes
    por nós e conosco,teus amigos…

    Estou grata por te ter encontrado
    e pela sorte de integrar
    o grupo ds tuas amizades.

    Da Juja para a Eugénia

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