segunda-feira, 23 de maio de 2011

PASSEIO DOS REFUGIADOS - LISBOA


O dia 30-04-2011 amanheceu chuvoso mas não impeditivo de nos encontrarmos à porta do Diário de Noticias em Lisboa, para mais um “PASSEIO DOS REFUGIADOS” proporcionado pela Câmara Municipal de Lisboa.
Situando-nos no espaço e no tempo a Guia foi-nos conduzindo pelas ruas Alexandre Herculano e outras limítrofes, onde os sinais dos tempos do fim da Monarquia em Portugal, a implantação da Republica, o Pós I e II Guerras Mundiais, começaram a ser visíveis, aos nossos olhos bem como os sinais deixados pelas vidas vividas de por quem cá passou.

Lisboa nos finais da monarquia vivia provincianamente e o governo estava de cofres vazios, mas durante a I guerra mundial 1916-1918 muitos foram os que enriqueceram com a venda de volfrâmio e outros negócios, proporcionados pela guerra, e mandaram construir palacetes e prédios de excelente traça arquitetónica (Ventura Terra, e outros) merecendo prémio Valmor e de cuja beleza, ainda hoje, podemos ver.
Foi durante a I Guerra Mundial (1916-1918), a Guerra Civil em Espanha, (1936-1939) e a II Guerra Mundial de 1939 a 1945, que ocorrem em Portugal muitíssimas transformações sociais.
Na guerra civil espanhola muitos se tinham refugiado em Portugal mas é no fim dessa guerra e início da II Guerra Mundial que de toda a Europa chegam não só os membros das Casas Reinamtes europeias mas muitos mais refugiados em fuga.
Mais de 1 milhão entram na nossa fronteira. Cansados e famintos são acolhidos pelo povo com a humanidade de um caldo de couves bem quente e uma côdea de pão, hoje o tão bem conhecido e famoso “Caldo Verde”.
Na província reúnem-se formando bairros maioritariamente de judeus mas existem também outros refugiados. Os que conseguiram trazer consigo algo de valioso vêm para as grandes cidades onde podem vender e fazer alguns negócios que lhes permite pagar alojamento, medicamentos e mesmo comprar viagens de barco para bem longe da Europa,
O “PASSEIO LISBOA DOS REFUGIADOS conta-nos as histórias das suas vidas vividas na cidade de Lisboa mostrando-nos os lugares onde dormiam, comiam, esplanadas e cafés que frequentavam, farmácias onde compravam medicamentos manufaturados especificamente para curar doenças, aliviar suas depressões e angustias.
Como os males do físico são também males do espírito ao judeus construíram uma Sinagoga que continua a ser importante nas vidas dos descendentes que por cá ficaram e por outros vindos depois deles.


Em Lisboa a chuva parou e nós também.
Hoje 30 de Abril de 2011 pelas 12.horas estamos em frente à atual residência particular do 1º Ministro de Portugal - José Sócrates - e constatamos que numa placa de identificação colocada entre outras o nome de PORTUGAL está colocado de “pernas para o ar”…. Acaso? , Propósito, Agoiro? O tal afamado Humor português? Quem sabe????
Certo é que o nome de Portugal está tal e qual como deixa o país depois de anos do seu e deles DESGOVERNO.
Bem Hajam.
Um abraço Ma. Eugénia